09 junho 2018

Personagens femininas da obra "O Primo Basílio"

'As personagens femininas d’O Primo Basílio são personagens “tipos”, uma vez que retratam um determinado grupo da sociedade lisboeta (Mulher portuguesa do século XIX). Assim, não é possível exigir delas uma complexidade psicológica, pois suas atitudes e ações são previsíveis, torna-se importante olhar para elas sob uma visão sociológica e não psicológica.' - Jacicarla Souza da Silva

1- Disserte sobre o excerto acima utilizando fragmentos da obra em análise:

50 comentários:

Unknown disse...

O primo Basílio de Eça de Queirós é uma das mais importantes obras do realismo e durante toda a obra são perceptíveis varias passagens que são características do realismo como por exemplo no primeiro capítulo em que Luísa recebe a notícia que seu primo Basílio retornará à Lisboa após ter ido morar no Brasil. Já nesse momento eu já percebi o desenrolar de um triângulo amoroso entre Luísa, Jorge e Basílio e no momento em que é dito sobre o romance entre Basílio e Luísa quando jovens aí sim eu já puts ter certeza que esse caso aconteceria. Essa é umas das partes do livro que mais me fez ligação ao realismo por conta de estar fazendo uma crítica ao casamento e mostrando mais o desejo carnal que é muito marcante em Basílio que em uma passagem diz que Luísa está “apetitosa”.

Víctor Gabriel disse...

Na página 8, o narrador mostra que Luisa lia vários romances como Damas das camélias, que era um modo que ela tinha de se distrair, se sentir ansiosa ou emocionada. Porém, mas pra frente do livro, o autor Eça de Queiros coloca a leitura de romances como o principal motivo da traição de Luísa e ao mesmo tempo criticando esse movimento literário.
Nas primeiras páginas, o narrador descreve vários detalhes do ambiente em que a história estava acontecendo, as ações e as características das personagens naquele momento, deixando bem claro uma característica comum do Realismo que é a presencia de bastantes detalhes.
Outra característica comum do Realismo presente no livro é que a história narrada tem foco nos aspectos do cotidiano, mostrando a vida de cada personagem e como isso influencia na história, além de ter foco também nos aspectos sociais, em que o livro mostra bastante e critica alguns hábitos da sociedade, principalmente do povo de Lisboa. Criticava também os valores burgueses, em que nesse livro, o personagem que representava esse aspecto era o primo Basílio. Além disso, percebemos que há na obra um triângulo amoroso entre Luisa, Jorge e Basílio, fazendo referência novamente ao Realismo.
O Basílio está na obra para contrariar a Idea de amor idealizado do romantismo e colocar como foco o desejo carnal, pois no decorrer da história percebe-se que ele não ama Luisa, só tem o desejo carnal por ela, isso coloca o casamento como uma instituição falida.

Rafael Oliveira disse...

O que mais me chamou atenção na obra, foi o trecho em que Ernesto e Jorge estão discutindo sobre uma peça que ele estava escrevendo sobre adultério e tal.. no qual a mulher traía o marido.. e Jorge defende a morte da mulher. A partir daí pude perceber um traço bem machista da estética realista juntamente com o enfoque dado às ações de Luísa, uma vez que Jorge viajou sozinho outro dia, porém o autor não trouxe nenhuma malícia relacionada a Jorge.

Lauren Beatriz disse...

Estudante: Lauren Beatriz
Série: 2° ano "A"

A obra "O primo Basílio" é marcada por uma visão realista sobre os acontecimentos da sociedade da época, porém é possível perceber que as personagens femininas retratadas, ao contrário do que costuma ser representado em obras classificadas com características realistas, não possuem uma personalidade muito trabalhada com aspectos psicológicos específicos de cada uma delas como alguns autores possuíam o hábito de construir.

Em trechos como:
"- O que o empresário quer é que o marido lhe perdoe...
Foi um espanto
- Ora essa! É extraordinário! Por quê?
- Então! exclamou Ernestinho encolhendo os ombros - diz que o público que não gosta! Que não são coisas cá para o nosso país"

Através da reação de desaprovação do empresário de Ernestinho ao ler seu enredo, sua justificativa demonstra que a sociedade de Lisboa já possuía uma preferência definida quanto às peças publicadas e não havia nessa época uma grande variedade de interesses por parte da população, mas em geral todos apreciavam o mesmo tipo de enredo que buscava não apresentar finais tão trágicos. Portanto os personagens femininos, a maior parte do público alvo, não apresentavam diferentes tipos de interpretações ou concepções próprias, invés disso seus gostos eram similares, por isso podiam ser generalizados.

"- Quem é esse pulha?
- Coitado, não tem muitos meios...
- São frescos os amigos da casa!...- continuou - Que diabo! Tu não foste educada assim. Nunca tiveste gente deste gênero na Rua da Madalena.
... - Também o acho esquisito! - disse"

A falta de complexidade psicológica pode ser analisada principalmente a partir da personagem Luísa, pois ela era muito influenciável e tinha o hábito de seguir as opiniões de outras pessoas. No trecho ela apoia Basílio acerca das pessoas que visitavam sua casa, assumindo que não são boas companhias - mesmo sendo estes seus amigos - apenas devido às conclusões que ele tirou ao conhecer um deles, independente do que ela realmente pensava após conviver com todos eles frequentemente.

"- E então essa questão da prima, vai ou não vai? Isto está horrível, menino! Eu morro! Preciso o Norte! Preciso a Escócia! Vamos embora! Acaba com essa prima. Viola-a. Se ela te resiste, mata-a
Basílio que se estendera numa poltrona, disse, estirando muito os braços:
- Oh! Está caidinha!"

Basílio fala de Luísa como se possuísse um plano e ele estivesse saindo de acordo com o que ele havia planejado. Esse aspecto mostra como as personagens podiam ser manipuladas a partir de influências, porque elas não estipulavam seus próprios preceitos e não seria difícil fazê-las alterar seus princípios e permitir que tivessem de certa forma suas opiniões controladas.

Unknown disse...

Letícia Juliana/2°ano-Turma C
Capítulo III-Depois da partida de Jorge,Luísa ficou muito sozinha e Leopoldina sempre visitava,Joana,a cozinheira,aproveitou para levar o seu namorado nas horas vagas e Juliana com a desculpa de ir ao médico.Luísa já estava saindo quando Basílio seu primo chegou de repente.Ele contou suas histórias de Paris e como a viagem longa da Europa foi cansativa.Luísa estava maravilhada com os casos de Basílio e assim ela desisti de visitar Leopoldina e retrata suas antigas histórias da sua mocidade com Basílio.Ele pergunta por Jorge e fala que pode fazer novas passadas.Basílio,depois de ir embora,ficou pensando que Luísa estava mais cativante do que no passado,e seria uma boa ideia ele ter momentos carnais com sua prima,do que suas amantes francesas e com uma postura fascinante e madura,Luísa inspirada,queria experimentar novas coisas do que ficar com aquela vida plácida,mas mesmo assim ela tinha saudades de Jorge,que era um Marido arquétipo.Juliana voltou depois que Basílio tinha indo embora,assim à noite indagou Joana sobre o tempo que o rapaz passou na casa.A empregada Juliana, não tinha uma vida feliz,comia restos das refeições e dormia em um sótão abafado,também era esquisita e não arranjava homem,muito menos se divertia,afora com as compras de botinas.A última expectativa era de enriquecer ou ficar com uma herança deixada pela mãe de Jorge,do qual ela cuidou com muita dedicação nos seus últimos momentos de vida.Seu desejo era ficar menosprezando da pior maneira possível e sua ligação era com Joana que dava pratos de comida,mas com a transigência de guardar as visitas do namorado de Joana.
Capítulo IV-"Luísa recebeu, na manhã seguinte, da parte de Sebastião, um ramo de rosas, magenta-escuro, magníficas. Cultivava-as ele na quinta de Almada, e chamavam-se rosas D. Sebastião. Mandou-as pôr nos vasos da sala; e como o dia estava encoberto, de um calor baixo e sufocante:

- Olhe - disse a Juliana - abra as janelas.

- "Bem" - pensou Juliana - "temos cá o melro."

O melro veio com efeito às três horas. Luísa estava na sala, ao piano.

- Está ali o sujeito do costume - foi dizer Juliana.

Luísa voltou-se corada, escandalizada da expressão:

- Ah! Meu primo Basílio? Mande entrar.

E chamando-a:

- Ouça, se vier o Sr. Sebastião, ou alguém, que entre.

Era o primo! O sujeito, as suas visitas perderam de repente para ela todo o interesse picante".No outro dia Basílio visitou Luísa,Juliana ficou intrépida porque descobriu o que passava entre eles dois,eles compartilhando suas diligências com a cozinheira Joana.Sebastião bate na porta,mas quando ver que tem visita,desisti e vai embora.

Unknown disse...

A leitura de O primo Basílio, devido as expressões como fizemos “antiga”, pode ser um pouco complicada ao iniciar a leitura, fui me acostumando com a escrita do autor ao decorrer da leitura, que foi com muita dificuldade, mesmo assim com um tempo, se tornou um pouco fácil entender.


Em decorrer do livro fiquei torcendo para que tudo desse errado no “romance de Luísa e Basílio”, que me deixava frustrado, por ser muito irresponsável. O livro conta com personagens de todos os tipos de personalidade, mas terminei o livro sem ter escolhido o meu favorito/a, porque todos/as são um pouco detestáveis. Sebastião, amigo de Jorge, era o único que parecia ter certo caráter naquele meio, mas depois, refletindo melhor, vi que ele não passava de um homem que não possuía opinião própria.

Outra coisa que me chamou a atenção, foi a variedade de características que o autor dava a um personagem, que é uma das características do realismo. Também os comentários que o autor fazia a esses personagens na maioria eram seus defeitos, que também faz parte do realismo.

Também dá para perceber que nas falas do primo Basílio, ele criticava muito Portugal, dizendo que as coisas de Paris eram melhor que as de lá. Isso não é nada mais nada menos, que uma das fases de Eça de Queirós (autor do livro), que em uma época começou a crítica Portugal em suas obras, pois naquele período o país estava sofrendo pois sua cultura estava não era mas tão rica assim como os outros países.

Aluno: Guilherme Maia

Mylena Gabrielle disse...

Na obra "O primo Basílio" traz de maneira explicita como o casamento era uma instituição falida, e na pratica não seguia as historias românticas, onde a felicidade e a lealdade reinava. As mulheres da obra de Eça de Queirós se encaixavam em algum esteriótipo, e suas ações falavam muito de si.

"tudo era por ele estar fora, na província! Se ele ali estivesse ao pé dela! Mas tão longe, e demore-se tanto! E ao mesmo tempo, contra a sua vontade,a certeza daquela ausência dava-lhe uma sensação de liberdade; a ideia de se poder mover à vontade nos desejos, nas curiosidades".

No trecho acima traz a ideia de que Luiza amava o seu marido, porem o desejo carnal falava mais alto, pelo fato de Jorge estar fora de casa já surgia ideias irresponsáveis em sua mente, logo depois que seu primo a visitou em sua residencia e relembrou a vida que os tinha quando pequenos, lhe falou elogios com seu charme e elegância de alguém "viajado", isto causava uma certa "faísca" no sentimentos de Luiza.

Luiza tinha uma amiga chamada Leopoldina que sua vida era cheia de aventuras sua fama na cidade não era a das melhores, mas a mesma não se importava com as opiniões alheias, e vivia sua vida de maneira divertida, Luiza ouvia sempre os relatos e ficava admirada da sua coragem e esse foi um dos fatores que despertava tais sentimentos ( dito no trecho) na esposa de Jorge. e isso mostra através da atitudes da mesma o quão era influenciada por pessoas a sua volta.

Unknown disse...

Giovana Nunes Brito - 2º ano B


É possível estabelecer uma relação entre o realismo e a obra "O Primo Basílio", uma vez que apresenta, principalmente, uma narrativa detalhada e descritiva através do uso de personagens comuns. Visto isso, ao longo da leitura é possível analisar que as personagens femininas quase nunca apresentam uma análise daquilo que sentem ou pensam, mas tomam por base por atitudes, ainda que previsíveis, e por aquilo que a sociedade julga, já que na época eles levavam em conta a sua posição diante dela.
Dentro da obra existem perfis diferentes dentro das principais personagens femininas, Luísa, Leopoldina, Dona Felicidade e Juliana. Onde pode observar a personagem Luísa apresenta um perfil de moça ingênua e romântica, uma vez que os livros eram obras românticas e a faziam acreditar na idealização de amor como puro e perfeito (e é até um fato que faz com que ela fique mais próxima de Basílio, já que sente amor por ele, enquanto ele só esteja motivado pelo desejo carnal). Além disso, é visto também que Luísa é apresentada como uma moça bela, loira e da burguesia, mostra uma representação de como a sociedade a vê, já que simboliza uma questão de status na sociedade.
Além disso, a personagem Leopoldina é apresentada como uma mulher que é criticada pela sociedade, uma vez que é uma mulher que usa roupas mais justas ao corpo, o que provocaria o desejo dos homens, e por não estar com um homem ao seu lado, mas sim por ter vários amantes, e por a considerarem mais moderna. (E é perceptível que não gostam da presença dela, ainda mais quando Jorge se preocupa quando ela vai visitá-la na sua casa e até mesmo quando o mesmo viaja, e ambas passam a se encontrar mais, fazendo a vizinhança pensar que Luísa está sendo manipulada).
Já Dona Felicidade e Juliana pertencem a um "tipo", uma vez que ambas não são tão vistas, em comparação a Luísa e Leopoldina, pela sociedade e também recebem descrições mais asquerosas. Uma vez que Dona Felicidade não conseguiu se casar e vive insistindo em tentar aproximação com o amigo de Jorge, além de sua caracterização, onde entende-se que é velha, mais nutrida que as demais e detalhes mais grotescos, como citar a presença dos pêlos no buço. E Juliana, por notar que é amargurada por não ter recebido uma herança por ter cuidado da mãe de Jorge, e esperava disso por recompensa do trabalho. Além disso, as suas características dão a entender que não possui uma pele bem cuidada, deixada pelas marcas da idade e do trabalho, detalhes como se a pele estiver apodrecendo por conta dos seus tons amarelados, etc.

Unknown disse...

a obra de Eça de Queiroz, Primo Basílio, apresenta aspectos da sociedade burguesa da época, focando, sobretudo, na crítica a essa classe, sendo construída através de personagens tipo, principalmente em relação as personagens femininas.

LUÍSA( INCONSEQUENTE DE SUAS ATITUDES)

Trechos como:
"tinha passado três anos quando conheceu Jorge. ao principio não lhe agradou muito, não gostava de homens barbados..."

"e sem amar, sentia ao pé dele como uma fraqueza, uma dependência... estava noiva, enfim! Que alegria, que descanso para mamãe"

através desses fragmentos é possível perceber um típico costume da época, casar por interesse, e demonstra o quanto Luísa é dissimulada, casou-se apenas para ter uma vida confortável, dependente do marido onde através da narrativa é demonstrado que Luísa tem uma vida intediante, passando o dia todo deitada, lendo e de roupão onde contenta-se com as experiências que os livros românticos lhe trazem. outra característica marcante dessa personagem é a facilidade com a qual ela é influencia pelos aspectos ao seu redor e pelas pessoas, principalmente Jorge seu marido e Basílio seu Primo, exposta no trecho:

" Ao vela; é necessário que deixes por uma vez de receber essa criatura. e necessário acabar por uma vez"

"-Ora Luísa confessa. tenho o não razão
- tens-disse"

onde Jorge depreende Luísa por ter se encontrado com Leopoldina, onde Luísa admite que não deveria te-la recebido. Em outra ocasião afirma que não sabe explicar como ainda continua sua amizade com Leopoldina, demonstrando assim como os homens relevantes na narrativa
tem grande poder de influencia sobre ela. desse modo, Luísa é definida psicologicamente pela mulher ingênua, dissimulada, que não sabe medir as consequenciais de suas ações e que se deixa influenciar por todos.

LEOPOLDINA(MULHER PROMÍSCUA)

"já não ia à casa de Leopoldina, tirara se retrato da sala; vira-se obrigada a confessar-lhe a repugnância a Jorge..."

Leopoldina, outra personagem tipo, é a mulher promíscua na narrativa, tendo hábitos martirizados pela sociedade, como o fato de fumar e ter uma vida sexual ativa. Leopoldina, é o exemplo negativo da sociedade, renegada por todos, onde sua complexidade psicológica descreve-a como apenas uma moça apaixonada, de muitos amores, que realiza todas as sua vontades sexuais com suas paixões.

JULIANA(MEGERA)

" e como perdera a esperança de se estabelecer, não se sujeitava ao rigor de economizar"

Juliana a empregada da casa de Luísa é o exemplo de megera, onde aspectos de sua vida, como sua aparência, descrita como feia, ser solteira , virgem e pobre faz com que ela tenha uma vida amargurada, contentando-se por nutrir inveja por todos ao seu redor, principalmente as mulheres onde em trechos ela descreve que sente felicidade quando algo na vida de suas senhoras da errado. assim, sua forma psicológica caracteriza-se como a megera, amargurada com a vida e sem esperança de que nada de bom ocorra com ela.

DONA FELICIDADE(BEATA)

"Luisa é uma santa, uma pomba"-dona Felicidade

Dona Felicidade, é a típica solteirona, que nutre um amor não correspondido pelo Conselheiro Acácio, é o exemplo de ingenuidade, não enxergando maldade em ninguém, distribuindo elogios a todos que conhece. O seu modelo psicológico é da beata, cinquentona, que nutre o desejo de um amor, que provavelmente não vai acontecer, é a "boazinha" da historia, que não comete nenhum ato que desagrade a Deus.

Unknown disse...

Num momento de conflito entre o movimento romanista e o realismo no qual foi considerado uma vertente, Eça de Queiros, que posteriormente foi considerado um dos artistas mais importantes do período, publicou a obra o Primo Basílio.
A obra traz características realistas assim como também apresenta criticas implícitas no decorrer da narrativa. Uma das formas na qual o autor encontrou para representa-las foi através de alguns personagem onde se destaca Juliana, Luísa, Leopoldina e D. Felicidade.
Levando em consideração que as personagens da obra, são personagens “tipos” vamos começar por Juliana. O autor caracteriza Juliana como uma personagem na qual, com decorrer de sua vida e suas frustradas esperanças de ficar rica, se torna uma megera fria, egoísta que passa a odiar suas patroas a denomina-las todas por um único nome, “Récua ” assim como mostra o trecho a seguir:
“Resumia as patroas na mesma palavra — uma récua! E detestava as boas pelos vexames que sofrera das más. A ama era para ela o inimigo, o tirano. Tinha visto morrer duas — e de cada vez sentira, sem saber por quê, um vago alívio, como se uma porção do vasto peso, que a sufocava na vida, se tivesse desprendido e evaporado!”
Já Luísa, que expressava reciprocidade aos sentimentos de Juliana, é retratada na obra como uma espécie de intermediaria para criticas implícitas ao romantismo, uma moça bem casada, respeitada socialmente e que, a principio, casara-se com Jorge por status exatamente pelo fato de que, na sociedade da época, as mulheres a partir de uma certa idade e solteiras eram vista como uma espécie de descarte e que não condizia as opções de casamento para um homem da sociedade. Assim era retratada D. Felicidade, além das demais características o autor descreve-a da forma mais repulsiva possível que consecutivamente ela faz o papel da obsoleta invejosa, rancorosa sozinha e infeliz. A seguir, um pequeno trecho de suas características:
“D. Felicidade de Noronha. Vinha logo da porta com os braços estendidos, o seu bom sorriso dilatado. Tinha cinquenta anos, era muito nutrida, e, como sofria de dispepsia e de gases, àquela hora não se podia espartilhar e as suas formas transbordavam. Já se viam alguns fios brancos nos seus cabelos levemente anelados, mas a cara era lisa e redonda, cheia, de uma alvura baça e mole de freira; nos olhos papudos, com a pele já engelhada em redor, luzia uma pupila negra e úmida, muito móbil; e aos cantos da boca uns pêlos de buço pareciam traços leves e circunflexos de uma pena muito fina.”
Leopoldina, o autor a caracteriza como uma mulher vulgar na qual e vista com certa repugnância pela sociedade, pelo fato ter vários amantes e principalmente por suas aventuras amorosas serem conhecidas por toda sociedade. Num ponto de vista critico, Leopoldina representa uma mulher moderna, completamente realista, pelo fato de não ser marcada na obra por um romance clichê assim, como a maioria das mulheres nas obras românticas, e que por viver em uma sociedade não condizente com sua forma de vida é criticada por suas atitudes fora do padrão. Já num ponto de vista teórico ela é uma personagem importantíssima para a caracterização da obra na qual se refere ao realismo justamente por suas atitudes inaceitáveis. Como exemplo, a seguir um trecho que representa a repugnância de Jorge pela personagem:
— Quando penso que aquela desavergonhada vem a minha casa! Uma criatura que tem mais amantes que camisas, que anda pelo Dafundo em troças, que passeava nos bailes, este ano, de dominó, com um tenor! A mulher do Zagalão, um devasso que falsificou uma letra! E quase ao ouvido de Sebastião: — Uma mulher que dormiu com o Mendonça dos calos! Aquele sebento do Mendonça dos calos! Teve um gesto furioso; exclamou: — E vem aqui, senta-se nas minhas cadeiras, abraça minha mulher, respira o meu ar!... Palavra de honra, Sebastião, se a pilho — procurou mentalmente, com o olhar aceso, um castigo suficiente — dou-lhe açoites! Sebastião disse devagar: — E o pior é a vizinhança... — Está claro que é! — exclamou Jorge.”

Anônimo disse...

Aluno: Igor Ottonelli
turma: 2° b

Ate agora, na obra, ha a presença de cinco personagens femininas, sendo uma delas Luisa, a personagem principal da trama, que a principio parece ser ingenua, alem de ser influenciada tranquilamente pelas obras românticas que lê, assim querendo viver aventuras amorosas, outra sendo a Sr. Leopoldina, conhecida como pão de queijo, devido possuir uma ma condulta quando se tratando de relações amorosas, por sempre estar traindo seus maridos, devido não estar satisfeita, cuja a qual Jorge julga ma influencia para Luisa, temos também Dona Felicidade, cuja possui uma paixão por um dos amigos de Jorge, só que não correspondida, alem de possuir problemas estomacais, ha tambem as empregadas Joana, cuja qual é a cozinheira, e que possui muita fé, e Juliana, que mostra ser uma pessoa amargurada devido tanto sofrimento, sonhava ter muito dinheiro, assim também, um belo marido, chegou a casa de Jorge devido seu empenho em cuidar da mãe dele, cuja a qual acaba morrendo e não deixa nem um beneficio a Juliana, assim fazendo ela ficar com odio e querer estragar a vida de seus patrões, valendo ressaltar, que ela acaba por possuir nem um bem.

Trechos:

Unknown disse...

No realismo, as personagens femininas são vistas com imperfeições e com desejos que sobressaem-se diante da fidelidade. a obra "O Primo Basílio" retrata claramente tais características com as personagens Luisa e Leopoldina.
Luisa é o tipo de mulher burguesa da época, bastante influenciada pelos livros que lê, considerada pelo seu marido, Jorge, uma mulher ingênua, inocente e bondosa, que age muito por impulso e é bastante influenciável, por isso, o homem não gosta de ver sua mulher com certas companhias, como a de sua amiga, Leopoldina. A garota é muito sentimentalista, por isso se deixa levar pela emoção e acaba traindo o marido, na esperança de suprir seus desejos na ausência do seu homem.
Leopoldina, considerada pão e queijo, é uma mulher que teve vários amantes, sendo infeliz e buscando sempre tal felicidade em amores passageiros que sempre se frustram. Por tal atitude, ela é julgada pela sociedade burguesa da época como indecente, sendo mal falada por onde passa e se tornando sozinha devido a sua fama, característica tipica das mulheres realistas que praticam adultério. A mulher é amiga de infância de Luisa, porem, ate essa amizade, possivelmente a única, é proibida pelo marido da amiga, que a vê como uma má influencia para sua família.
D. felicidade e Juliana são duas solteironas que devido ao fracasso amoroso, se tornam invejosas e tentam frustrar a felicidade dos outros. As duas megeras, são personagens antipatizadas e mal amadas.

Luis felipe Rocha barbosa disse...

Na obra é possível perceber traços nas personagens que eram comuns nas obras realistas e que deixam as personagens previsíveis como por exemplo a personagem principal luiza como descrita no livro é fútil e ociosa se assemelhando muito com a personagem da obra também realista Ana Karenina e que tem um fim trágico assim com luiza além de outros aspectos como o amante sendo melhor que o marido em quase todos os aspectos além da megera que é representada por Juliana é dona felicidade além de Leopoldina a mulher que é retratada como amante de muitos homens essas são características permanentes em obras realistas especificamente nas mulheres que realiza também críticas ao romantismo através da ingenuidade de personagem principal já que é graças aos livros românticos que ela possui pensamentos movido a emoção.

Unknown disse...

As personagens realistas, diferente das personagens do romantismo, são retratadas como pessoas com defeito, onde os desejos, principalmente sexuais, faziam as mulheres cometer adultério. Esse movimento busca retratar a forma mais humana das personagens, sem idealização e com criticas à sociedade da época.
Luisa era uma mulher considerada ingênua, bondosa e indefesa. Era uma linda mulher, loira, com a pele clara, amante dos livros, era bastante influenciada pelas obras que lia. Seu marido a atribuía características angelicais, e a considerava muito influenciável, por isso, tinha medo das companhias que a mulher tinha, já que, sua melhor amiga era considerada imprópria pela sociedade.
Leopoldina era uma mulher infeliz, que teve vários amantes e todos os casamentos fracassados, por isso, era vista pela sociedade como indecente, imoral, a pão e queijo. Assim como todas mulheres realistas que praticam adultério, Leopoldina era mal falada pela sociedade e era vitima de comentários maldosos, sendo considerada uma má influencia por todos, acabando sem amigos. Ela é melhor amiga de Luisa, porem, devido a sua fama, é proibida de ver a amiga, pois Jorge acredita que Luisa vá adquirir a mesma fama por andar com a mulher.
Juliana e D. Felicidade são consideradas as megeras, ambas são solteiras e sem um amor concreto, destinadas a viverem sozinhas, por isso, sentem inveja do sucesso dos outros e por serem mal amadas tentam estragar a alegria dos mais próximos, se tornando personagens antipatizadas.

Anônimo disse...

Maria Clara Magalhães da Silva
2º ano B

Diferentemente do romantismo que afirmava a figura feminina com carácter idealizado, o realismo de Eça de Queiroz oferece tipos distintos de personalidades das personagens abordadas. Luísa é a personagem principal que passa ao leitor uma ingenuidade, além de aparentar ser influenciável já que passava grande parte de seu tempo lendo romances, os quais geravam pensamentos ilusórios a jovem. Outra personagem típica do realismo é Leopoldina. A amiga de Luísa é vista a partir do olhar erotizado e indiferente, taxada como uma mulher vulgar que detinha pseudônimos devido a grande quantidade de amantes que possuía.
Juliana apresenta características de outra estética, o naturalismo. A moça é apresentada com uma aparência repugnante que é associada a sua personalidade difícil e desagradável.

Anônimo disse...

Alice de Lima Santos 2° ano "A"

As personagens da obra não possuem profundidade psicológica e são tratadas e trabalhadas pelo autor como estereótipos daquela sociedade lisboeta. Luísa é a heroína romântica, que não mede suas ações e é facilmente influenciada por outras pessoas e livros como é claramente demonstrado nesse fragmento "Era a Dama das camélias. Lia muitos romances; tinha uma assinatura, na Baixa, ao mês. Em solteira, aos dezoito anos entusiasmara-se por Walter Scott e pela Escócia; desejara então viver num daqueles castelos escoceses, que têm sobre as ogivas os brasões do clã, mobilados com arcas góticas e troféus de armas, forrados de largas tapeçarias, onde estão bordadas legendas heróicas, que o vento do lago agita e faz viver", onde é demonstrado a influência que o livro teve sobre ela.
Outra personagem é Juliana, que é vista pelos leitores como a megera da história, durante a obra ela deixa claro que odeia suas patroas , o que a faz querer prejudicar Luísa " A necessidade de se constranger trouxe-lhe o hábito de odiar; odiou sobretudo as patroas, com um ódio irracional e pueril. Tivera-as ricas, com palacetes, e pobres, mulheres de empregados, velhas e raparigas, coléricas e pacientes; -- odiava-a todas, sem diferença." Além disso, ela é extremamente invejosa em virtude de como a vida dela é. "Sempre fora invejosa; com a idade aquele sentimento exagerou e de um modo áspero. Invejava tudo na casa: as sobremesas que os amos comiam, a roupa branca que vestiam. As noites de soirée, de teatro, exasperavam-na"
Leolpodina é outra estereotipada na obra, ela é casada, porém possue amantes e devido à isso é vista como promíscua diante da sociedade. Entretanto, Leolpodina não parece se preocupar tanto com isso e continua a ter relações extraconjugais como é falado nesse fragmento "-- É que tenho tanto que contar! Se tu soubesses, filha!
-- O quê? Outra paixão? -- fez Luísa rindo.
A face de Leopoldina tornou-se grave.
Não era para rir. Estava de todo! Era por isso até que tinha vindo. Sentira-se tão só em casa, tão nervosa! -- Vou até Luísa, vou palrar um bocado!
E com a Voz mais baixa, quase solene:
-- Desta vez é sério, Luísa! -- Deu os detalhes. Era um rapaz alto, louro, lindo! E que talento! E poeta! -- Dizia a palavra com devoção, prolongando o som das sílabas. -- E poeta!". O motivo dela obter sempre novos amantes é o querer que ela tem em ter um verdadeiro amor, algo que ela não possui em seu casamento, pode-se relacionar isso com uma característica realista, onde o amor é subjugado aos interesses sociais, e não ao amor.

Unknown disse...

Aluno: Igor Silva dos Santos
Ano:2°ano A
Luísa além de outras personagens femininas, ao contrário de obras com características consideradas realistas, não eram muito trabalhadas psicologicamente como costumava fazer alguns autores. Luísa, dentre outras personagens, era muito influenciável como exemplo disso se tem o fato de que ela lia romances fazendo com que ela tenha uma enorme curiosidade sobre as aventuras que os personagens passavam e é dito também que a leitura desse romances a influenciou a trair seu marido e fica implícito uma crítica ao romantismo que foi o seu antecessor, porém esse não foi o único motivo pois Luísa também tinha relatos de sua amiga, a Leopoldina onde ela tinha a má fama de
"pão e queijo" pois praticamente a cada semana ela tinha um novo namorado e contava a Luísa suas aventuras com eles fazendo com que ela tivesse relatos reais felizes sobre como era aquela vida que sua amiga levava. Após seu marido, Jorge, ter viajado e seu primo aparecer fingindo estar apoixonado por Luísa, ela decide se envolver com ele mas deppis percebe que ele timja apenas desejos carnais por ela mostrando outra característica do realismo, o fato do casamento ser tratado como uma instituição falida.

José Derin 2-B disse...

No livro "O primo Basílio" é possível identificar três perfis de personagens femininas em 4 das personagens, Luísa, Leopodina, Juliana e D. Felicidade.

Luísa é uma personagem rasa, ingenua e inocente, um tipo de personagem sem malicia e facilmente manipulável.

Capitulo 2 - "A Luísa é um anjo, coitada - dizia Jorge passeando pela saleta -, mas tem coisas em que é criança! Não vê o mal. É muita boa, deixa-se ir.

D. Felicidade e Juliana são personagens quais não conseguem um relacionamento amoroso ou não são correspondidas.

"A indiferença do Conselheiro irritava-a mais: nenhum olhar, nenhum suspiro, nenhuma revelação amorosa e comovida! era glacial e polido. (trecho que remete à D. felicidade)

No caso de Juliana seu comportamento a assimilaria também à uma megera por conta dos sentimentos por sua patroa (Luísa) embora também não consiga um marido.

Capitulo 3 - "A necessidade de se constranger trouxe-lhe o hábito de odiar ; odiou sobretudo as patroas, com um ódio irracional e pueril.

Já Leopoldina se encaixaria no perfil de mulheres mal vistas pela sociedade, por conta de um adultério ou se envolver com muitos homens.

Capitulo 2 - "Quando penso que aquela desavergonhada vem a minha casa! Uma criatura que tem mais amantes que camisas, que anda pelo Dafundo em troças, que passeava nos bailes, este ano. (trecho que remete à Leopoldina)


Megera: Megera é uma mulher mal-humorada, que vive sempre irritada e que apresenta uma personalidade maldosa, desprovida de compaixão e simpatia. via: www.significados.com.br

Isabella Leal disse...

Aluna: Isabella Leal
2°C

O autor desenvolve a obra com personagens femininas mediante a a certas características que podem inseri-las em certos "tipos", o que acaba desenvolvendo uma visão machista para com elas. Uma das personagens é jupiana, a empregada com diversos defeitos como a inveja, que quer ganhar na vida mediante a algum problema que surgir com os patrões, tais fatos se encontram no trecho a seguir:
Sempre fora invejosa;com a idade aquele sentimento exagerou-se de um modo áspero. "Inveja tudo na casa que a amos comiam, a roupa branca que vestiam".
"E muito curiosa; era fácil encontra-la, de repente cozida detrás de uma porta com vassoura a prumo, o olhar aguçado".

Outra personagem é Luísa que se encaixa no tipo de mulher da burguesia que tem que seguir as tradições sociais, serem submissas aos maridos, e manter sua virtude para com a família e principalmente ao parceiro, tais fatos são observados no trcho:
"- Luísa- disse a voz de jorge.
Ela voltou-se, com um vago- bem?
- vamos jantar, filha; são sete horas.
No meio do quarto,tomou-a pela conta, e falando- lhe baixo, junto a face:
- tu zangaste-te há bocado?
- Não! Tu tens razão. Conheço que tens razão.
-Ah!- Fez ele com tom vitorioso, muito satisfeito.
-Esta claro,"

Unknown disse...

A obra "O primo Basílio" apresenta alguns tipos de personagens femininos bem caracterizados e que possuem claramente o seu papel na narrativa. O primeiro tipo que pode ser analisado, é o da personagem Luísa. Podemos concluir que ela é uma pessoa extremamente influenciável,não só pelos livros que a mesma lê, mas também pelas opiniões alheias. É uma personagem previsível e que raramente se impõe, esse também pode ser um dos motivos pelo qual Jorge não aceita a amizade da esposa com Leopoldina, aliás, é melhor previnir o contato entre as duas do que torcer pra esposa não se tornar como a amiga. Outro tipo que pode ser analisado é o de Juliana, que também se encaixa nas características de D.Felicidade, ambas são mulheres mais velhas e que não possuem marido, Juliana é uma empregada que é caracterizada como feia,velha,que nunca foi desejada e D.Felicidade como uma mulher que não desiste de conquistar seu amado. O terceiro tipo, é representado por Leopoldina, a mulher que é adúltera e que age a partir de seus desejos carnais, a mulher que é desejada pelos homens e que não é bem vista pela sociedade, tal qual foi denominada "pão de queijo" pela mesma. Todas essas mulheres são de extrema importância pra narrativa e suas acarretam o desenrolar da história.

Ellen Rocha disse...

A representação da mulher no naturalismo não é bem estruturada quando se fala dos aspectos psicológicos, porém, suas características mais evidentes se dão através de personalidades como selvagem, animalesca e determinada, além de, pôr-se à vista seus defeitos patológicos, como adulteras e sensuais. Referindo-se a obra "O primo Basílio" os tipos de mulheres naturalistas são representadas através de suas ações ou classe social. Destacam-se Luisa, que aparenta ser uma mulher sensual, frágil e influenciável apesar de estar na obra para realizar seu dever de mulher adúltera. Juliana, megera que inveja a vida de seus patrões,porém, representa também o determinismo por ir além com seus planos de obter riqueza e uma vida boa para ter a oportunidade de ser uma pessoa de classe e, ter alguem para servi-la assim como a mesma faz a anos,ou seja, personagem que odeia sua profissão e sua situação de vida. Leopoldina, que destaca-se na característica de mulher promíscua, fumante e mal falada pela sociedade. Porgasosas.Felicidade, outra megera que era beata e sofria de crises gasosas

Aluna: Ellen, 2°B

Ruan Matheus 2 C disse...

Na obra e na literatura da época, as mulheres se resumiam em três tipos :
1 - A ingenua, que as atitudes são baseadas pelas emoções (como a protagonista da obra, Luiza).
2 - A megera, invejosa e rabugenta (representada por Juliana, a empregada da casa)
3 - A boletera, da vida (que é o caso de Lelpodina, amiga de Luiza)
Nesse tempo praticamente todas as mulheres eram representadas nesse estilo.

Felipe neto disse...

Até o momento, podemos perceber que o livro em questão é um reflexo do que acontecia na sociedade da época, a extrema crítica feita pelas pessoas sobre essas mulheres promiscuas, no livro, mesmo um personagem se envolver com uma mulher casada com sua consciência, a crítica não é feita sobre ele, e sim sobre a mulher em questão. Isso também é uma característica do realismo, ainda mais se a mulher está em um relacionamento "por interesse", um cadamento por aparência.

Unknown disse...

Durante a leitura da obra é evidente que os personagens de forma geral são determinados pelo meio em que vivem, destacando dentro dessa realidade seus sentimentos mais íntimos, suas vivencias e seu passado que toma conta do presente e revela o posicionamento e as virtudes do personagem, com profundidade psicológica transparecendo seus defeitos, imperfeições e desejos. Sobretudo em relação à figura da mulher, indicando alguns perfis, ora a promiscuidade marcada pela relação com vários homens de prestigio ou não, com o objetivo de reafirmar como a mulher da época não deveria se portar, fator extremamente pontuado a figura de Leopoldina por Jorge, onde em uma das passagens até o cheiro lhe desagradava. Ainda assim revela outro perfil feminino da época, a figura da mulher frágil, subordinada ao homem, caracterizada pela marca do nome que recebe, o que também tem influencia na vida em que levam e quais amizades deve manter, revelando essa questão enraizada na personagem Luísa que apresenta essas características. Outro perfil que merece destaque é o de Juliana, personagem que possui relevância na obra e que consome atitudes construídas por seus sentimentos e desejos, a própria narrativa constrói um cenário trágico à personagem destinada a uma vida cruel e amargurada, onde havia um desinteresse por parte de todos em relação a ela. A ideia de superação de vida vem quando ela fica responsável por Vitória, uma senhora adoentada, muito rica- onde Juliana espera que seu nome esteja no testamento- no entanto ela não recebe esse prestigio. Outra questão é a forma como as personagens são caracterizadas e a diferença dos problemas enfrentados pelas classes, onde D. Felicidade apresenta distúrbios estomacais, normais para aqueles que possuem uma realidade financeira mais elevada enquanto Joana apresenta problemas envolvendo insuficiências respiratórias e tosse, devido às más condições em que vive.

Unknown disse...

Aluna: Mariana Oliveira de Carvalho
Turma: C
Durante a leitura da obra é evidente que os personagens de forma geral são determinados pelo meio em que vivem, destacando dentro dessa realidade seus sentimentos mais íntimos, suas vivencias e seu passado que toma conta do presente e revela o posicionamento e as virtudes do personagem, com profundidade psicológica transparecendo seus defeitos, imperfeições e desejos. Sobretudo em relação à figura da mulher, indicando alguns perfis, ora a promiscuidade marcada pela relação com vários homens de prestigio ou não, com o objetivo de reafirmar como a mulher da época não deveria se portar, fator extremamente pontuado a figura de Leopoldina por Jorge, onde em uma das passagens até o cheiro lhe desagradava. Ainda assim revela outro perfil feminino da época, a figura da mulher frágil, subordinada ao homem, caracterizada pela marca do nome que recebe, o que também tem influencia na vida em que levam e quais amizades deve manter, revelando essa questão enraizada na personagem Luísa que apresenta essas características. Outro perfil que merece destaque é o de Juliana, personagem que possui relevância na obra e que consome atitudes construídas por seus sentimentos e desejos, a própria narrativa constrói um cenário trágico à personagem destinada a uma vida cruel e amargurada, onde havia um desinteresse por parte de todos em relação a ela. A ideia de superação de vida vem quando ela fica responsável por Vitória, uma senhora adoentada, muito rica- onde Juliana espera que seu nome esteja no testamento- no entanto ela não recebe esse prestigio. Outra questão é a forma como as personagens são caracterizadas e a diferença dos problemas enfrentados pelas classes, onde D. Felicidade apresenta distúrbios estomacais, normais para aqueles que possuem uma realidade financeira mais elevada enquanto Joana apresenta problemas envolvendo insuficiências respiratórias e tosse, devido às más condições em que vive.

Lucas Andrade do Nascimento disse...

Ao longo da obra em análise percebe-se uma visão da mulher pelo autor tipicamente realista, em que elas são divididas basicamente em três tipos: uma é uma mulher iludida, cuja mente foi dominada pelo romantismo, levando-a a ser uma tola sentimental, sendo representada no livro por mulheres como Felicidade, que vive em função de um amor não correspondido, não desistindo dele mesmo após sucessivas rejeições, ou Luisa, que vive lendo livros românticos e sonha em viver uma tórrida paixão, que encontra em Basílio, chegando a invejar sua amiga Leopoldina, que representa o segundo tipo de mulher, que seria a que vive em função de seus desejos, vivendo uma vida considerada promiscua, repleta de amantes, e por isso é julgada e excluída da sociedade da época. por último há a megera, uma mulher que é sempre pobre e muito feia, portanto sozinha, sem um marido, e por isso mesmo se torna alguém amarga e rancorosa, disposta a destruir a felicidade das pessoas a sua volta, sendo representada pela empregada de Luísa e Jorge, Juliana. Porém há em O primo Basílio algo em relação a essa ultima figura, que geralmente é alguém sem importância, que não acrescenta em quase nada à narrativa, mas que nessa obra ganha papel de destaque ao chantagear sua patroa, se torna quem dita á história, quem dá as cartas, o que chocou a sociedade da época.

Unknown disse...

Aluno: Sanzio André Turma:B


O livro "O Primo Basílio" é uma obra de Eça de Queiros que pertence ao realismo, estilo literário que defende a objetividade , tendo uma visão cientifica , ou seja, se opõe ao romantismo.Nesse tipo de estilo as mulheres não são mais idealizadas.Ao contrario do romantismo onde as mulheres eram perfeitas, no realismo o enfoque era em seus defeitos, por isso no livro O Primo Basílio é possível ver 3 tripos de mulheres, sendo cada tipo uma personagem.
Há uma mulher promiscua, uma ingenua e uma megera/mal amada, sendo respectivamente, D.Leopoldina,Luisa e Juliana. Alguns fragmentos demonstram isso:" Tinha feito um casamento infeliz com um João Noronha, empregado da alfândega. Chamavam-lhe a "Quebrais"; chamavam-lhe também a "Pão e Queijo". Sabia-se que tinha amantes, dizia-se que tinha vícios. Jorge odiava-a. E dissera
muitas vezes a Luísa: "Tudo, menos a Leopoldina!"- Esse trecho fala de Leopoldina, mostrando que a mesma era casada e tinha amantes.
Luisa se influenciar por seus livros de romance , além disso não via maldade nas pessoas , por isso Jorge acaba achando-a ingenua, como mostra no fragmento:"A Luísa é um anjo, coitada — dizia Jorge passeando pela saleta —, mas tem coisas em que é criança! Não vê o mal. É muito boa..."
Juliana é uma mulher mal amada, assim como D.Felicidade, além disso a empregada é descrita de maneira a destacar os aspectos defeituosos, apresentando semelhanças com os animais, como é possível ver no fragmento:..."as outras criadas, se estavam chalrando, calavam-se, mal a sua figura esguia aparecia; punham-lhe alcunhas — a "Isca Seca", a "Fava Torrada", o "Saca-Rolhas"; imitavam-lhe os trejeitos nervosos;", Juliana sempre é descrita de modo a apresentar um aspecto que atribua nojo.

Unknown disse...

2º ano B
É possível estabelecer uma relação entre o realismo e a obra "O Primo Basílio", uma vez que apresenta, principalmente, uma narrativa detalhada e descritiva através do uso de personagens comuns. Visto isso, ao longo da leitura é possível analisar que as personagens femininas quase nunca apresentam uma análise daquilo que sentem ou pensam, mas tomam por base por atitudes, ainda que previsíveis, e por aquilo que a sociedade julga, já que na época eles levavam em conta a sua posição diante dela.
Dentro da obra existem perfis diferentes dentro das principais personagens femininas, Luísa, Leopoldina, Dona Felicidade e Juliana. Onde pode observar a personagem Luísa apresenta um perfil de moça ingênua e romântica, uma vez que os livros eram obras românticas e a faziam acreditar na idealização de amor como puro e perfeito (e é até um fato que faz com que ela fique mais próxima de Basílio, já que sente amor por ele, enquanto ele só esteja motivado pelo desejo carnal). Além disso, é visto também que Luísa é apresentada como uma moça bela, loira e da burguesia, mostra uma representação de como a sociedade a vê, já que simboliza uma questão de status na sociedade.
"o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha”
Além disso, a personagem Leopoldina é apresentada como uma mulher que é criticada pela sociedade, uma vez que é uma mulher que usa roupas mais justas ao corpo, o que provocaria o desejo dos homens, e por não estar com um homem ao seu lado, mas sim por ter vários amantes, e por a considerarem mais moderna. (E é perceptível que não gostam da presença dela, ainda mais quando Jorge se preocupa quando ela vai visitá-la e até mesmo quando viaja, e ambas passam a se encontrar mais, fazendo a vizinhança pensar que Luísa está sendo manipulada).
“Leopoldina tinha então vinte e sete anos. Não era alta, mas passava por ser a mulher mais bem feita de Lisboa. Usava sempre os vestidos muito colados, com uma justeza que acusava, modelava o corpo como uma pelica.”
“— É por causa de ti! É por causa dos vizinhos! É por causa da decência!”
Já Dona Felicidade e Juliana pertencem a um "tipo", uma vez que ambas não são tão vistas, em comparação a Luísa e Leopoldina, pela sociedade e também recebem descrições mais asquerosas. Uma vez que Dona Felicidade não conseguiu se casar e vive insistindo em tentar aproximação com o amigo de Jorge, além de sua caracterização, onde se entende que é velha mais nutrida que as demais e detalhes mais grotescos, como citar a presença dos pelos no buço. E Juliana, por notar que é amargurada por não ter recebido uma herança por ter cuidado da mãe de Jorge, e esperava disso por recompensa do trabalho. Além disso, as suas características dão a entender que não possui uma pele bem cuidada, deixada pelas marcas da idade e do trabalho, detalhes como se a pele estiver apodrecendo por conta dos seus tons amarelados, etc.
“Tinha cinquenta anos, era muito nutrida, e, como sofria de dispepsia e de gases, àquela hora não se podia espartilhar e as suas formas transbordavam. Já se viam alguns fios brancos nos seus cabelos levemente anelados, mas a cara era lisa e redonda, cheia, de uma alvura baça e mole de freira; nos olhos papudos, com a pele já engelhada em redor,(...); e aos cantos da boca uns pelos de buço pareciam
”–Caracterização D.Felicidade
“Vingativa e oportunista, a sua aspiração era ter um negócio que a libertasse das tiranias do serviço doméstico que sofria à vinte anos.[...] Tinha quarenta anos, era magra e de feições miúdas; era um pouco amarela devido à doença do coração. Tinha os olhos grandes e encovados, usava uma cuia de retrós, imitando tranças, que lhe fazia a cabeça enorme. Tinha um tique nas asas do nariz.”–Caracterização Juliana

Anônimo disse...

Renato Teixeira 2 ano B.

"Primo Basílio" tem um aspecto diferente de outros livros, por seguir a estética literária, realismo, o que o torna um livro detalhista onde os personagens principalmente as mulheres, sempre estão relacionada à alguma crítica social, por seus atos ao decorrer da história.

Luísa que era heroína romântica, inocente e influênciavel por seus livros de aventuras e quando encontrou Basílio acaba querendo transformar seus sonhos em realidade porém não queria sair da vida de conforto e caseira que tinha com Jorge

Leopoldina é uma personagem que ao decorrer da história é definida como a pão e queijo por causa do seu estilo de vida, que era estar sempre acompanhada de vários homens no sentido amoroso e erótico, mesmo estando casada. Uma grande influência para Luísa, mesmo que a relação delas sejam mal vistas pelo marido de Luísa por causa da reputação de Leopoldina.

Juliana é a megera que sempre estar para atazanar e comentar da vida de sua patroa, Luísa, o que torna ela uma personagem criticada e em seus detalhes ranzinza por sempre ter levado uma vida difícil e ter trabalhado sempre para mulheres de alto nível da sociedade.

Unknown disse...

Na obra o primo Basílio é possível perceber que as personagens femininas retratadas, ao contrário do que costuma ser representado em obras classificadas com características realistas, não possuem uma personalidade muito trabalhada com aspectos psicológicos específicos de cada uma delas como alguns autores possuíam o hábito de construir. Nas primeiras páginas do livro percebe-se que Luiza era influenciada pela opinião das outras pessoas além dos livros de romance ao decorrer do livro percebe-se que Eça Queiroz colocar os livros de romance como principal motivo pela traição de Luiza.As obras apresenta bastante detalhes típico do movimento realista em que nas primeiras páginas o narrador descreve detalhadamente o que deixa um leitura lenta e cansativo.
— Ah! — fez Luísa de repente, toda admirada para o jornal, sorrindo.
— Que é?
— É o primo Basílio que chega! — E leu alto, logo:
— "Deve chegar por estes dias a Lisboa, vindo de Bordéus, o Sr. Basílio de Brito, bem conhecido da nossa sociedade. Sua Excelência que, como é sabido, tinha partido para o Brasil, onde se diz reconstituíra a sua fortuna com um honrado trabalho, anda viajando pela Europa desde o começo do ano passado. A sua volta à capital é um verdadeiro júbilo para os amigos de Sua Excelência que são numerosos."
Nesse trecho é possível perceber que Luiza não está satisfeita com seu casamento colocando o casamento como instituição falida a obra crítica a burguesia da época e o adultério.

Unknown disse...

Luísa a heroína romântica influenciada por seus livros de amor e aventura e também por Leopoldina que tinha uma vida agitada sexualmente com vários amores eróticos e era uma mulher que se chama atenção por sua beleza, e recebe o título de pão e queijo por estar sempre junta a vários homens e Juliana a empregada que é uma mulher ranzinza e fofoqueira.

Syndel Vaz disse...

Luísa: Influenciada fortemente pelos livros de romance que sempre lia e sonhava em viver aquilo um dia, era facilmente levada a ilusões que a fizessem achar que iria passar por algo parecido , assim que seu primo retorna a sua vida ela se vê frágil e carente da ausência de Jorge e acaba se deixando levar pelos encantos e insinuações de Basílio, mas sem a intenção de adultério ou promiscuidade.

Juliana:Empregada de Luísa, no livro sua vida é descrita de uma forma muito triste e sofrida, levando a entender porque é uma pessoa tão amarga e rancorosa como mostra ela fazendo chantagens a Luísa e contando a Jorge tudo que sua esposa havia feito.

Leopoldina: Uma mulher vista de uma forma ruim pela sociedade devido ao comportamento vulgar que apresenta, saindo com vários homens onde recebe o apelido de "pão com queijo", só gostava de viver do bom e do melhor e usava roupas muitos sensuais para chamar atenção dos homens, estava sempre na moda, e era muito bonita, e também amiga de Luísa, Jorge não gostava que Leopoldina a vista-se devido a maneira que era interpretada.

D.Felicidade: Já era uma pessoa de idade aproximadamente uns 50 anos, ela era apaixonada pelo Conselheiro Acácio o qual ela costumava encontrar aos domingos na casa de Jorge e Luísa no chá, e uma das suas descrições apresenta características naturalistas ao dizia que sofia de gases e dispepsia.

Unknown disse...

Maria Luísa Costa Pereira.
2ºB

No livro "O Primo Basílio" por se tratar de uma obra do Realismo, as mulheres diferentemente do romantismo são tratadas de formas diferentes, não mais como um ser idealizado e divinizado pelo homem que está apaixonado por esta, no realismo as mulheres são representadas com uma personalidade concreta e utilizada para caracterizar a exemplo o determinismo social ou biológico e também para fazer críticas a sociedade.
A exemplo dos perfis femininos encontrados temos:

Luísa:
Desde o início da obra percebe-se que Luísa é uma personagem bastante ingênua e influenciável, principalmente pelos romances ela lê, esta se casou em busca de uma melhora de vida e tem uma casamento monótono, o marido Jorge, extremamente preocupado com a moral e com integridade de sua esposa não gosta da amizade desta com Leopoldina por considera-la uma mulher promíscua. Sua ingenuidade faz com que seja enganada por Basílio, achando que estava apaixonada por ele e que era recíproco, mas na realidade ele só a considerava mais uma conquista. Sendo Luísa, a personagem mocinha, boba, influenciável. Suas características físicas são descritas de forma até anjelical e mostra ser uma mulher bela.
Percebe-se essas afirmações nos trechos:

-"O cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam cintilações escarlates."

-"Lia muitos romances; tinha uma assinatura, na Baixa, ao mês.[...]o seu amor infeliz dava-lhe uma melancolia enevoada; via-a alta e magra, com o seu longo xale de caxemira, os olhos negros cheios de avidez da paixão e dos ardores da tísica."

-"— E então essa questão da prima, vai ou não vai? Isto está horrível, menino! Eu morro! Preciso o Norte! Preciso a Escócia! Vamos embora! Acaba com essa prima. Viola-a. Se ela te resiste, mata-a!
Basílio, que se estendera numa poltrona, disse, estirando muito os braços:
— Oh! Está caidinha!
— Pois avia-te, menino, avia-te!"

****

Juliana e Dona Felicidade:
Apesar de ambas serem de classes sociais diferentes estas se encaixam no "tipo" de mulher mexeriqueira e megera. Juliana é amargurada pois nunca deixaria de ser um serva e viveria sempre naquela vida e acaba odiando todas suas patroas, nunca se casou e é caracterizada como uma pessoa doente, suja, feições miúdas.Já Dona Felicidade é aquela senhora que não consegue se casar com o homem que deseja, sofre de dispepsia e de gases.
Os perfis dessas mulheres são representados por características nada idealizadas como nos trechos:

Dona Felicidade:
-"Tinha cinquenta anos, era muito nutrida, e, como sofria de dispepsia e de gases, àquela hora não se podia espartilhar e as suas formas transbordavam.[...]nos olhos papudos, com a pele já engelhada em redor, luzia uma pupila negra e húmida, muito móbil; e aos cantos da boca uns pêlos de buço pareciam traços leves e circunflexos de uma pena muito fina."

Juliana:
-"Devia ter quarenta anos e era muitíssimo magra. As feições, miúdas, espremidas, tinham a amarelidão de tons baços das doenças de coração. Os olhos grandes, encovados, rolavam numa inquietação, numa curiosidade, raiados de sangue, entre pálpebras sempre debruadas de vermelho.[...]Tinha um tique nas asas do nariz."

-"Aquela Juliana! Aquela bisbilhoteira! De má! Para fazer cizânia!"

********
CONTINUAÇÃO PROX. COMENTÁRIO

Unknown disse...

Maria Luísa Costa Pereira.
2ºB

CONTINUAÇÃO
********
Leopoldina:
Considerada pela sociedade como uma mulher promíscua e sem escrúpulos, que trai o marido e possui vários amantes, é uma mulher muito bonita, mas diferentemente de Luísa, a qual o livro destaca com uma beleza mais angelical, Leopoldina tem um enfoque sexual, uma mulher muito bonita e desejável, tanto que o autor cita que seu rosto era até um pouco grosseiro, mas tinha um corpo perfeito. Jorge marido de Luísa não aceita a amizade das duas por causa do que os vizinhos iriam comentar, esta tem até apelidos que sugerem sua "vida de aventuras", como "Pão e Queijo".
Os trechos que mostram isso são:


-"Leopoldina tinha então vinte e sete anos. Não era alta, mas passava por ser a mulher mais bem feita de Lisboa. Usava sempre os vestidos muito colados, com uma justeza que acusava, modelava o corpo como uma pelica, sem largueza de roda, apanhados atrás. Dizia-se dela com os olhos em alvo: "é uma estátua, é uma Vénus!" Tinha ombros de modelo, de uma redondeza descaída e cheia; sentia-se nos seus seios, mesmo através do corpete, o desenho rijo e harmonioso de duas belas metades de limão; a linha dos quadris rica e firme, certos quebrados vibrantes de cintura faziam voltar os olhares acesos dos homens.[...]A cara era um pouco grosseira; as asas do nariz tinham uma dilatação carnuda; na pele, muito fina, de um trigueiro quente e corado."

-"— Mas foi a Juliana... — balbuciou Luísa.
— Mandasse-a sair outra vez. Que estavas fora! Que estavas na China! Que estavas doente!- disse Jorge
Parou, com um tom desconsolado, abrindo os braços:
— Minha rica filha, é que todo o mundo a conhece. É a Quebrais! É a Pão e Queijo! É uma vergonha!
Citava-lhe os seus amantes, exasperado".


Unknown disse...

Bom eu entendi que as personagens era mal vista pela aquela sociedade da época, assim como Luísa que era uma mulher ingênua que era influenciado pelos os livros que lia, no decorrer do livro você vê que Leopoldina influência muito a Luísa, que fica vista como uma mulher adúltera por ter traído o marido com o primo.

Leopoldina era uma mulher considerada “indecente” por está em um casamento e ter vários amantes e ainda recebeu o apelido de pão e queijo, e ela não era bem aceita pela a vizinhança.

Juliana tem o papel de mulher ambiciosa por querer ser igual a Luísa e querer sempre se dar bem em cima dela é tanto que ela cheira as roupas de Luísa pra saber se ela saiu pra falar para o Jorge.

D.felicidade eu vejo como uma repugnante que mesmo velha tenta achar uma pessoa para poder casar, mas com o sofrimento dos seus gases ela nunca consegue ter uma conversa com um homem.

Unknown disse...

(CONTINUAÇÃO...)
TRECHOS DA OBRA.

Era a sua íntima amiga. Tinham sido vizinhas, em solteiras, na Rua da Madalena, e estudado no mesmo colégio, à Patriarcal, na Rita Pessoa, a coxa. Leopoldina era a filha única do Visconde de Quebrais, o devasso, o caquético, que fora pajem de D. Miguel. Tinha feito um casamento infeliz com um João Noronha, empregado da alfândega. Chamavam-lhe a "Quebrais"; chamavam-lhe também a "Pão e Queijo". Sabia-se que tinha amantes, dizia-se que tinha vícios. (Trecho Leopoldina).
Acácio não vinha, os gases começavam a afrontá-la; e o despeito daquela ausência aumentava-lhe a tortura da digestão. Na sua cadeira, o corpo mole, ia seguindo a multidão que girava incessantemente, numa névoa empoeirada. (Trechos Dona felicidade)
— "É o primo!" — refletia ela. — "E só vem então quando o marido se vai. Boa! E fica-se toda no ar quando ele sai; e é roupa branca e mais roupa branca, e roupão novo, e tipóia para o passeio, e suspiros e olheiras! Boa bêbeda! Tudo fica na família!" (Trecho Juliana)

Mona Katyelle disse...

Mona Katyelle
2°ano C

O livro "O primo Basílio" é uma obra realista feita por Eça de Queirós que traz consigo um pouco sobre a sociedade portuguesa do final do século XIX.Desta forma suas personagens femininas retratam a figura pertencente aquela época onde a mulher ou era frágil ou era manipuladora. Assim todas seguem um certo padrão dito pela sociedade.
Luísa por exemplo, é vista como frágil pois ao meu ver ela se casa com Jorge por status e uma forma de suprir sua solidão o que faz dela uma mulher romântica; também por se entregar tão facilmente aos encantos de Basílio. Já Juliana é uma personagem invejosa, que além de não ser bonita e nenhum homem ter se interessado por ela, ainda não possuía a mesma condição financeira que seus patrões e por isso sempre buscava uma forma desmoralizá-los. Leopoldina porém era uma mulher bonita e sedutora mas que era mal vista pela sociedade por ser sozinha e receber o apelido de "Pão e Queijo" pois todos gostavam de "comer". Dona Felicidade retrata uma mulher "boba" que traz uma característica da época onde mulheres possuíam problemas de saúde devido a vida que levavam.
Ambas complementam os valores feministas da época de acordo a perspectiva de Eça de Queirós.

Unknown disse...

Letícia Juliana/2°Ano C
Capítulo V-"A manhã estava abrasadora. Um pouco depois do meio-dia, Joana, estirada numa velha cadeira de vime da Ilha da Madeira que havia na cozinha, dormitava a sesta. Como madrugava muito, àquela hora da calma vinha-lhe sempre uma quebreira. As janelas estavam cerradas ao sol faiscante; as panelas no lume faziam um romrom dormente; e toda a casa, muito silenciosa, parecia amodorrada no amolecimento do calor tórrido, quando Juliana entrou como uma rajada, atirou para o chão furiosa, uma braçada de roupa suja, e gritou."
Explicação:Naquela manhã,Juliana teve problemas exasperados ao ser advertida por Luísa e as ocupações residência em sente fisgadas no peito.Depois de exclamar com a cozinheira Joana,pede permissão para ir ao médico.

Capítulo X- "No dia pela uma hora Jorge e Luísa acabavam de almoçar, como na véspera da partida dele. Mas agora não pesava a faiscante inclemência da calma; as janelas estavam abertas ao sol amável de outubro; já passavam no ar certas frescuras outonais; havia uma palidez meiga na luz; à tardinha já sabiam bem os paletós; e tons amarelados começavam a envelhecer as verduras.
- Que bom achar-se a gente outra vez no seu ninho! - disse Jorge, estirando-se na voltaire."
Explicação:O Jorge trouxe presentes e exprimiu ocorrências em ofícios.Indagou em pouco tempo sobre as visitas de Basílio,mas sem maiores dúvidas.Luísa assemelhava ainda mais admirável,assim como ela reconhecia perdida por Basílio.

Unknown disse...

Letícia Juliana/2°Ano C
Capítulo V-"A manhã estava abrasadora. Um pouco depois do meio-dia, Joana, estirada numa velha cadeira de vime da Ilha da Madeira que havia na cozinha, dormitava a sesta. Como madrugava muito, àquela hora da calma vinha-lhe sempre uma quebreira. As janelas estavam cerradas ao sol faiscante; as panelas no lume faziam um romrom dormente; e toda a casa, muito silenciosa, parecia amodorrada no amolecimento do calor tórrido, quando Juliana entrou como uma rajada, atirou para o chão furiosa, uma braçada de roupa suja, e gritou."
Explicação:Naquela manhã,Juliana teve problemas exasperados ao ser advertida por Luísa e as ocupações residência em sente fisgadas no peito.Depois de exclamar com a cozinheira Joana,pede permissão para ir ao médico.

Capítulo X- "No dia pela uma hora Jorge e Luísa acabavam de almoçar, como na véspera da partida dele. Mas agora não pesava a faiscante inclemência da calma; as janelas estavam abertas ao sol amável de outubro; já passavam no ar certas frescuras outonais; havia uma palidez meiga na luz; à tardinha já sabiam bem os paletós; e tons amarelados começavam a envelhecer as verduras.
- Que bom achar-se a gente outra vez no seu ninho! - disse Jorge, estirando-se na voltaire."
Explicação:O Jorge trouxe presentes e exprimiu ocorrências em ofícios.Indagou em pouco tempo sobre as visitas de Basílio,mas sem maiores dúvidas.Luísa assemelhava ainda mais admirável,assim como ela reconhecia perdida por Basílio.

Unknown disse...

aluno :Yago Souza
TURMA;2C
As personagens femininas apresentada no livro "O primo Basílio" são muitos diretas com suas escolhas até mesmo no amor. E o que mais me impressionou sobre isso foi o amor de D. Felicidade sobre o conselheiro apresentado no capitulo 2 que mesmo ela percebendo que ele não está gostando dela, ela continua demostrando seu amor por ele.

Unknown disse...

Luísa: é influenciada pelos livros romântico e com finais felizes, por exemplo "Damas das camélias". D. Leopoldina também influencia Luísa, por ter vários amantes e sua amizade torna-se uma aventura por Luísa ser casada. Sua ilusão por Basílio, que tem ela como uma conquista pelo fato de Luísa ser casada e sua intenção é só se aproveitar do seu "corpo apetitoso" como diz o mesmo.
Dona Leopoldina: É uma mulher que tem vários amantes e dizia-se que tinha vícios. Os detalhes expostos no decorrer do livro é de uma mulher que chama bastante atenção com sua beleza. Ganha o apelido de "Pão de Queijo" por sempre estar acompanhada de vários homens. Ela é uma amiga íntima de Luisa.
Juliana: É a empregada de Luísa. E por ter levado sua vida de forma difícil, acaba sendo lamuriente e megera fuxicando da vida de Luísa para Jorge de má fé.

Unknown disse...

Era a sua íntima amiga. Tinham sido vizinhas, em solteiras, na Rua da Madalena, e estudado no mesmo colégio, à Patriarcal, na Rita Pessoa, a coxa. Leopoldina era a filha única do Visconde de Quebrais, o devasso, o caquético, que fora pajem de D. Miguel. Tinha feito um casamento infeliz com um João Noronha, empregado da alfândega. Chamavam-lhe a "Quebrais"; chamavam-lhe também a "Pão e Queijo".

Na obra " O primo Basílio " de Eça de Queiros apresenta aspectos do movimento realista que no decorrer da obra é possível se observar. Luíza se casa com Jorge pelo desejo carnal, mas com o passar do tempo a convivência fez com que eles se gostassem cada vez mais.
O fato de Jorge ter viajado fez com que Luíza sofresse um leve espelhamento de sua amiga Leopoldina( mulher muito famosa na cidade por se envolver com muitos homens e não estar ligando para a sua reputação, com isso ela era apelidada de pão e queijo, pois é uma coisa que muitos comem e tem acesso, contudo fazem o que querem). por isso Jorge não gostava da amizade entre as duas, mas elas não deixavam de se falar.
Luíza fica meio conturbada pelo fato de estar casada com Jorge e ter recebido a notícia de que seu primo, chamado Basílio voltaria do Brasil, onde o mesmo tinha lhe falo elogios e ela teve sentimentos com aquele momento, que foi aumentando com o passar do tempo.

Na obra é possível ter uma grande percepção e imaginação dos personagens em questões físicas e psicológicas pelo fato de ser uma obra muito detalhista nos fatos apresentados.

Eduardo Dias 2ano C

Unknown disse...

O livro primo Basílio é uma obra realista , onde aborda algunas características femininas , sendo as principais : Juliana empregada , Luisa mulher de Jorge e Leopoldina , cada uma tem sua característica , sendo Juliana vista como uma mulher ambiciosa , louca pela uma tabacaria e por uma herança de mãe de Jorge que faleceu , porém não havia nenhuma herança , então o segundo plano dela é quando ela ameaça Luisa , pelo fato dela descobrir cartas que está recebendo de seu primo Basílio , sendo assim Luisa é feita escrava , fazendo as obrigações que Juliana fazia , e também doando seus vestidos . Luisa era uma mulher promíscua , sendo uma mulher ingênua , fica claro quando ela diz que o lugar onde encontra Basílio é um paraíso , porém era uma cantinho normal , que servia como lugar de prazr dos dois , mas para ela era uma coisa linda , e também ela comete o adultério , sendo duas características na mulher no realiasmo , levando á morte , por ser ingênua e também por cometer adúlterio . Leopoldina era uma mulher esperta , adorava ganhar presentes dos seus inúmeros ficantes , sempre que ficava com uma , exigia presente caros e bonitos , ou seja não era ingênua , ela comete adultério , porém por ser uma mulher esperta , ela não morre , uma mulher esperta no realismo é uma coisa vantajosa , porque assim ela estará sempre presente na obra , diferente de Luisa .

Unknown disse...

Olivia 2 ano C - Creio que as personagens do Livro “ O Primo Basilio” demonstram cada uma um ponto diferente, Luis por exemplo demonstra certa delicadeza porém se demonstra uma pessoa sentimental pois na volta de Basilio ela se recorda de seus sentimentos e se sente atraída por ele novamente, Leopoldina é julgada por se envolver com amantes ponto importante para se analisar dando que na época isso era algo ruim para uma mulher causando uma ma impressão a quem andasse com ela ( referência ao ponto que Jorge proibia Luisa de ser amiga de Leopoldina por ela se envolver com amantes).

Unknown disse...

Olivia 2 ano C - Creio que as personagens do Livro “ O Primo Basilio” demonstram cada uma um ponto diferente, Luis por exemplo demonstra certa delicadeza porém se demonstra uma pessoa sentimental pois na volta de Basilio ela se recorda de seus sentimentos e se sente atraída por ele novamente, Leopoldina é julgada por se envolver com amantes ponto importante para se analisar dando que na época isso era algo ruim para uma mulher causando uma ma impressão a quem andasse com ela ( referência ao ponto que Jorge proibia Luisa de ser amiga de Leopoldina por ela se envolver com amantes).

Unknown disse...

Olivia 2 ano C - Creio que as personagens do Livro “ O Primo Basilio” demonstram cada uma um ponto diferente, Luis por exemplo demonstra certa delicadeza porém se demonstra uma pessoa sentimental pois na volta de Basilio ela se recorda de seus sentimentos e se sente atraída por ele novamente, Leopoldina é julgada por se envolver com amantes ponto importante para se analisar dando que na época isso era algo ruim para uma mulher causando uma ma impressão a quem andasse com ela ( referência ao ponto que Jorge proibia Luisa de ser amiga de Leopoldina por ela se envolver com amantes).

Unknown disse...

Aluna: Layne Paula
Série:2° ano B
O primo basílio é uma obra naturalista e realista. A escola realista propõe uma criação literária apoiada na análise objetiva da realidade. Portanto na obra pode-se perceber a caracterização das personagens femininas: Luísa, Leopoldina,Juliana,Dona felicidade. No seguinte trecho aborda:
Luisa uma burguesinha da Baixa no fragmento se destaca o conceito de Lisboa,cidade Baixa Luísa era uma moça sentimental,mal educada, sem valores espirituais ou senso de justiça, é lírica e romântica,ociosa e nervosa para falta de exercício e disciplina moral Luisa é esposa de Jorge engenheiro de minas que ela conheceu após o abandono e rompimento por carta do noivado com Primo Basílio.
Leopoldina encarna o avesso da moral da época. Adúltera, fumante, escandaliza a toda a sociedade. Age conscientemente, possui vários amantes.
Juliana é a personagem mais completa e acabada da obra, tem sido vista como o símbolo da amargura e do tédio em relação à profissão. Feia, virgem, solteirona, bastarda, é inconformada com sua situação e por isso odeia a tudo e a todos, não se detendo diante de qualquer sentimento de fundo moral.
E a dona felicidade Amiga de Luísa, cinquentona. Apaixonada perdidamente pelo Conselheiro Acácio. Simbolizava, nas palavras do próprio Eça: "a beatice parva de temperamento excitado".

Unknown disse...

Aluna: Layne Paula
Série:2° ano B
O primo basílio é uma obra naturalista e realista. A escola realista propõe uma criação literária apoiada na análise objetiva da realidade. Portanto na obra pode-se perceber a caracterização das personagens femininas: Luísa, Leopoldina,Juliana,Dona felicidade. No seguinte trecho aborda:
Luisa uma burguesinha da Baixa no fragmento se destaca o conceito de Lisboa,cidade Baixa Luísa era uma moça sentimental,mal educada, sem valores espirituais ou senso de justiça, é lírica e romântica,ociosa e nervosa para falta de exercício e disciplina moral Luisa é esposa de Jorge engenheiro de minas que ela conheceu após o abandono e rompimento por carta do noivado com Primo Basílio.
Leopoldina encarna o avesso da moral da época. Adúltera, fumante, escandaliza a toda a sociedade. Age conscientemente, possui vários amantes.
Juliana é a personagem mais completa e acabada da obra, tem sido vista como o símbolo da amargura e do tédio em relação à profissão. Feia, virgem, solteirona, bastarda, é inconformada com sua situação e por isso odeia a tudo e a todos, não se detendo diante de qualquer sentimento de fundo moral.
E a dona felicidade Amiga de Luísa, cinquentona. Apaixonada perdidamente pelo Conselheiro Acácio. Simbolizava, nas palavras do próprio Eça: "a beatice parva de temperamento excitado".

Unknown disse...

Vitor Eduardo da Silva 2°A
Primo Basílio
Publicado em 1878, O Primo Basílio é um romance naturalista-realista de Eça de Queirós no qual são criticados aspectos da estrutura familiar burguesa que se estabelece nas áreas urbanas de Portugal. O primo Basílio de Eça de Queirós é uma das mais importantes obras do realismo e durante toda a obra são perceptíveis varias passagens que são características do realismo. O livro primo Basílio retrata bem as características dos personagens da obra literária romântica, onde descreve com os mínimos detalhes e clareza proporcionando o leitor uma melhor explicação sobre o enredo da obra.
Uma parte que me chamou atenção do livro, e como o autor retrata a personagem que é a Leopoldina que é uma mulher pra frente, uma mulher afrente do seu tempo, envolvia com vários homens e era "Desbocada". Eu curioso fui para o dicionário pesquisar o significado da palavra “Desbocada” que diz: Que usa linguagem grosseira, obscena. Que fala muitos palavrões, boca-suja. Repleto de grosseria e inconveniência, impróprio, inconveniente Que não pode ser parado nem freado, que não obedece o freio: cavalo desbocado.
Uma analise que pude fazer desse livro retratada pela personagem Luíza que ela se torna incapaz de discernir valores morais, confundindo amor com desejo, paixão com vulgaridade.

Unknown disse...

No livro, as personagens femininas são bem destacadas e bem descritas, algumas partes do livro conta detalhes de cada uma, tudo o que passaram e muitas das vezes, passagens na visão de outros de forma negativa. Luísa, Leopoldina, Juliana e D.Felicidade.
Luísa: Era uma menina, que aos 18 anos teve um caso com o Primo Basílio. Três anos depois conheceu Jorge, porém só depois do casamento, que ela foi ver que o amava. "Tinham passado três anos quando conheceu Jorge. Ao principio não lhe agradou. Não gostava de homens barbados; depois percebeu que era a primeira barba, fina, rente, muito macia decerto; começou a admirar seus olhos, a sua frescura. E, sem o amar, sentia o pé dele como uma fraqueza, uma dependência e uma quebreira, uma vontade de adormecer encostada no seu ombro, e de ficar assim muitos anos, confortável, sem receio de nada. Que sensação quando lhe disse: "vamos casar, hem!"..." Até então com Jorge demorou para ficar apaixonada e ele então a via como anjo, o que realmente parece. Porém com Basílio era totalmente diferente, ela sentia carinho e desejo de imediato. Ao ver ele ficou toda feliz"inha", até mesmo na hora que ele foi embora ela ficou soltando "bocejos lânguidos de um cansaço feliz" e logo em seguida lembrou de Basílio. Mas tadinha, na visão do Primo, ela era alguém para matar seus desejos carnais "E eu, pedaço de asno, que estava quase decidido a não a vir ver! Está de apetite! Está muito melhor! E sozinha em casa; aborrecidinha talvez". #CoitadaDaLuísa
Leopoldina: Amiga da Luísa, mas não era muito bem vinda na casa da mesma por conta de Jorge, que por ela ser mulher, que pegava quem quiser e ainda vestia do jeito que queria, era alguém de más influencias para Luísa. O mesmo disse para Sebastião "Sabes quem esteve aí de tarde? Aquela desvergonhada da Leopoldina!" "Entrou, sentou-se, esteve demorou-se! Fez o que quis! A Leopoldina, a "Pão de Queijo"!". Aí, não da mesmo para aguentar essa visão de Jorge para ela.
Juliana: Era a empregada de Luísa, mas parece que ela fazia de tudo para achar uns podres de Luísa para ir contar direto pra Jorge e logo assim a coitada da Luísa ser discriminada pela sociedade. Ela era invejosa, a cobra da história, pois como diz no livro, “a necessidade de se constranger ódio das patroas, com um ódio irracional e pueril. Tivera-as ricas, com palacetes, e pobres, mulheres de empregados, velhas e raparigas e basta!”. Aí meu Deus, muito ódio no coração pra uma pessoa só.
D. Felicidade: Era uma senhora, que vivia apaixonada por alguns homens, porém na narração do livro, á 5 anos que ela era apaixonada pelo Conselheiro, um homem totalmente perverso por algumas mulheres, que não era ela. E ela por sentir esses desejos carnais e ser religiosa, escondia esses sentimentos. “Tinha uma vontade absurda, ávida de lhe deitar as mãos, palpá-la, sentir-lhe as formas, amassá-la, penetrar-se nela! Mas disfarçava, punha-se a falar alto com um sorriso parvo, abanava-se convulsivamente, e o suor gotejava-lhe nas roscas anafadas do pescoço. Ia pra casa rezar estações, impunha-se penitencias de muitas coroas à Virgem; mas apenas findavam, começava o temperamento a latejar. E a boa, pobre D.Felicidade tinha agora pesadelos lascivos e as melancolias do histerismo velho. A indiferença do conselheiro irritava-a mais”. #Tadinha, melhor pessoa para Luísa, mas não tem sorte no amor, talvez para sociedade ela morreria tiazona.